expressionismo
O movimento expressionista teve origem em território alemão, entre 1905 e 1914, porém data de 1911 a primeira vez que o termo foi utilizado para designar as tendências estéticas que se opunham ao Impressionismo, na revista Der Sturm, órgão de divulgação mais importante do movimento. Diferentemente das pinturas luminosas da natureza, registradas por meio das sensações imediatas, os expressionistas buscavam uma arte que tivesse ação transmitida através das imagens, utilizando-se de cores intensas e formas distorcidas, eles rejeitaram todo tipo de moderação e se afirmaram através do grupo die brücke, criado em 1905 em Dresden, Alemanha. É possível observar também, uma grande influência do Fauvismo, porém seus contemporâneos franceses expressavam-se com luz e alegria, ao invés da dramaticidade das dores e angústia marcadas nas obras expressionistas.
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O grupo definiu práticas e objetivos que ficaram associados para sempre ao movimento, como o caráter de crítica social, as figuras deformadas, o uso de cores complementares que oferecem contrastes entre si e as pinceladas energéticas, que buscavam representar as situações cotidianas por meio das expressões naturais do ser. Houve também a retomadas das artes gráficas, principalmente da xilogravura. A raiz do pensamento que levou a arte expressionista se encontra no romantismo alemão, trazendo a problemática do isolamento do ser humano frente à natureza junto a expressão do irracional, da impulsividade e das paixões, com obsessões temáticas como o sexo e a morte, trazendo reflexões que afastam qualquer ideia de beleza.
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O Expressionismo se desdobrou em outros grupos importantes na Alemanha, como o grupo der blaue reiter e o neue sachlichkeit, sendo perseguidos pelos nazistas em 1933, considerados como arte degenerada. A voga expressionista volta após a Segunda Guerra Mundial, criticando fortemente o fascismo e os horrores da guerra. Fora do solo alemão, houveram trabalhados de diferentes artistas que dialogavam, de diferentes formas com o movimento. E após os anos 1950, o expressionismo abstrato surge nos Estados Unidos, derivando seus conceitos como principal herdeiro do expressionismo. No Brasil, algumas produções de Anita Malfatti (1889-1964) dos anos 1915 e 1916, como O Japonês e A Boba são visíveis do seu aprendizado expressionista.
